DESTAQUES

6/recent/ticker-posts

Taxixe Foboiô apresenta: "E se..." (Indicando séries)

 

Disney Protagonist Tournament Final Results | Fandom
E se... a história fosse reescrita?

Você já se perguntou como seria a história de Dom Casmurro se fosse contada do ponto de vista de Capitu? Provavelmente a dúvida cruel sobre a traição seria facilmente resolvida. Porém, como só temos a história contada por Bentinho, limitamo-nos a acreditar em sua palavra e em seu julgamento. 
 
Mas quando uma narrativa apresenta apenas um ponto de vista, podemos facilmente ser enganados e propagar possíveis mentiras. Basta pensar em como são criados os estereótipos: preto é inferior ao branco, mulher só serve para a cozinha, entre tantas outras frases que circulam pelo mundo. 
 
Essas ideias, disseminadas várias vezes, são uma forma de garantia de poder e, geralmente, são faladas por pessoas que desconhecem a realidade/cultura do outro a que se referem. São frases que resultam em preconceito e que precisam ser repensadas e abolidas (o ser humano é inteligente, independente da raça; a mulher não se limita a cozinhar e cuidar da casa). 
 
Pensando nisso, hoje trago para vocês 4 séries que me chamaram muito a atenção por quebrar alguns dos preconceitos propagados em nossa sociedade. É uma forma de repensar como enxergamos os papeis sociais e a nós mesmos. E se ... pudéssemos reescrever a história? 




2020 | 7 episódios | Netflix | +16

A série se passa após a Segunda Guerra Mundial e segue quatro jovens que estão tentando se tornar atores.  
Vemos o funcionamento dos bastidores das produções cinematográficas, até então dominadas por homens. Tudo muda quando o dono de uma grande produtora adoece e sua esposa assume a empresa. Ela decide arriscar e colocar uma garota negra como personagem principal do novo filme. 
Parece algo tão simples para nós, porém, para a época retratada na série, uma mulher no comando já seria motivo de descrença, agora imagine colocar uma nova atriz negra no papel principal? Apenas papéis menores e cômicos, como empregadas domésticas, governantas desajeitadas, eram permitidos às
mulheres negras.
Hollywood nos faz pensar sobre os papéis e posições que são dados a cada indivíduo em nossa sociedade, dependendo de sua cor, gênero ou outros fatores que são usados ​​como desculpa para as desigualdades. 




2020 | 8 episódios | HBO Max | +18

A série é baseada na biografia “¡Digo! Ni puta ni santa. Las memorias de La Veneno”, escrita por Valeria Vegas. A trama tem duas temporalidades: o presente, onde Valeria está se autodescobrindo ao mesmo tempo que conhece La Veneno (cantora transgênero Cristina Ortiz Rodríguez); e flashbacks da infância e do começo da carreira da artista Cristina. É uma série muito interessante e comovente, pois apresenta a realidade e dificuldades da comunidade LGBTQIA+ na Espanha, através da própria vida e morte de La Veneno. Se hoje muitas pessoas já possuem preconceitos com mulheres transgênero, imagine quando a cantora foi à mídia na década de 90. Ela conquistou fãs e inimigos, mas conseguiu dar voz às pessoas que, como ela, foram durante muito tempo marginalizadas pela sociedade. 




2020 | 24 episódios | Viki | +14

Eu gosto muito dessa série chinesa. Não vou falar da trama principal, pois o que quero destacar aqui são os estereótipos de gênero propagados. Na história existem duas antigas cidades inimigas, uma dirigida por mulheres e outra comandada por homens. Ao longo de toda a narrativa vemos os habitantes dos diferentes reinos se criticando. As mulheres da cidade patriarcal são consideradas estúpidas, as de educação matriarcal são consideradas brutas. 
Homens que governam são considerados maus, aqueles que obedecem às mulheres e cuidam do lar são considerados tolos. É como se as cidades fossem iguais no sentido de perpetuar preconceitos, diferindo apenas pela troca de papéis femininos e masculinos. 
Ao longo da história vemos toda uma desconstrução dessas ideias: o gênero de uma pessoa não define suas habilidades; uma mulher pode governar tão bem quanto um homem, e ambos podem ser grandes donos de casa. 




2021 | 9 episódios | Disney+ | +14

Série produzida pela Marvel, onde são contadas algumas histórias de heróis e vilões, mudando os personagens principais. O episódio que quero chamar a atenção é o segundo, onde vemos a narrativa do Capitão América, porém se passa na Inglaterra e quem acaba recebendo o soro do super soldado é a agente Carter. 
Diferente da receptividade que o Capitão América recebeu em sua história, Carter, por ser mulher, é considerada um desperdício de experimento, como se toda a operação de criação de um poderoso soldado tivesse sido arruinada. Ela é vista como uma desgraça. O episódio prossegue com ela tentando se fazer útil e provar seu valor (apenas um dia na vida das mulheres ao redor do mundo). 



Espero que tenham gostado das sugestões ❤️ 

Compartilhem aqui nos comentários quais outras reflexões essas séries trouxeram para vocês! 


Postar um comentário

0 Comentários